Hildegard von Bingen - Karitas Habundat (Divine Love)

É de conhecimento de todos que não seguir uma doutrina espiritual é um dos meus pecados. A minha visão coloca em cheque as doutrinas e todas elas não oferecem respostas concretas. Nem mesmo o Ateísmo (que também considero uma religião) me elucida algumas perguntas ainda sem resposta.

Só uma coisa tenho como fato: deve existir uma 'aura-mór' que nos convida, oferece as cartas e apresenta as regras elementares para que possamos entrar este jogo chamado vida. Se nós vamos blefar, roubar, apostar ou até criar novas regras não importa. O nosso 'Crupiê' é benevolente e nos dá o livre arbítrio para isso. Nos observa rindo por dentro, observando como somos jogadores bobos e inocentes.

Vez por outra, ele sorrateiramente coloca um jogador experiente entre nós. Este velhaco vem disfarçado e com vários nomes: Gandhi, Maomé, Buda, Jesus Cristo... e tem um acordo com o 'Crupié'. Eles brincam de virar a banca! Os jogadores se dividem: uns idolatram o mestre das cartas, outros ignoram e os mais exaltados não se conformam com tamanho sucesso e querem sua cabeça, pois ninguém pode ser tão bom assim.

Mesmo sabendo dos riscos e a despreparação dos participantes, estes grandes exemplos, cansados de tanto ganhar, começam a ensinar aos menos capacitados os macetes de se quebrar a banca e cair nas graças do 'Domador do Jogo'. Muitos tentam, mas são fracos em seus esforços. Outros tantos nem sequer tomam conhecimento dos ensinamentos e continuam jogando do seu jeito, errado ou não. Os mais perigosos são os ciumentos! Não querem que nada seja revelado e sempre dão um jeito de calar a voz que divulga os segredos. E é sempre a mesma história: "muitos" sobrepujam o "um" e muitas vezes este sai do jogo sem conseguir realizar seu desejo de divulgar suas palavras.

Só após a sua partida é que sua importância fica evidente. Falam dos seus malabarismos, seus ensinamentos, mas é tarde demais para pedir mais informações. O 'Crupié' continua a dar as cartas, muitos continuam jogando mau, outros tentam passar a perna na banca e outros lerdamente querem aprender os segredos depois da despedida DAQUELE jogador.
Para sorte de todos, as partidas sempre seguem o ciclo de chegadas e partidas e o Dono do Jogo ainda não perdeu as esperanças de trazer o seu parceiro para ensinar a nós, os burros, como quebrar a banca sendo rico e feliz, em espírito.

Questionem e até zombem do que digo, mas me dê argumentos para duvidar que um dos maiores jogadores do planeta, que entrou no Cassino há 2000 anos atrás continuar sendo uma lenda e fazendo com que uma boa parte dos jogadores parem para relembrar a sua passagem?


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