Radio Joelson

Prezados ouvintes, Vocês já pararam para questionar se existe uma música universalmente perfeita? Provavelmente muitos cientistas, músicos, especialistas já debruçaram por horas tentando encontrar, por acordes, arpejos, química, física e matemática sobre qual seria a melodia bem aceita por qualquer ser humano na face da terra. Na minha humilde opinião, e que me perdoem os pesquisadores, não existe uma música perfeita e universal . Nossa sensibilidade musical, assim como o elemento Metal do I-Ching , é mutável. Ora desejamos ela seja mais introspectiva, ora desejamos que ela seja mais forte, ora queremos que ela não seja nada. É humanamente impossível eleger um molde que nos dê satisfação plena. Uma conclusão é que a música acompanha nossa linha da vida e, em algum momento, um estilo ou canção se transformará numa referência que levaremos pelo resto da vida. E voltaremos à essas referências sempre que possível, pois elas foram forjadas e deixaram marcas profundas nas nossas lem...

Prezados ouvintes, Recordando os primórdios do estilo Sinthpop , apresento a banda alemã Massive Ego que traz em seu DNA o estilo cultuado nos anos 80. Entre tantas frases musicais, teclados e ritmo, Let Go  faz referências explícitas aos álbuns da fase áurea da banda Depeche Mode . É curioso como certas memórias fazem cócegas . E cócegas normalmente são uma sensação dúbia, porque misturam sensações de euforia e pavor que não sabemos como reagir senão rindo nervosamente. Assim como as cócegas, as memórias são um turbilhão de sentimentos invadindo o momento presente deixando a realidade turvada. Não temos um poder de decisão de expulsar as memórias como quem desliga um interruptor. Elas tem vida própria e aparecem quando a mente se cansa de buscar novidades. Curiosamente, as memórias impregnam nossa rotina de um jeito ou de outro: seja para que possamos contar um momento passado ou reordenar nossos rumos para evitar os erros. O fato é que sem as memórias seríamos provavel...

Prezados ouvintes, Desde de 1997, quando ouvi ' Perfect Drug ' pela primeira vez, faço dela uma das minhas músicas de cabeceira. Esta canção define que a 'droga perfeita', na percepção do autor, é uma bebida cultuada por artistas no princípio do século XX. Cheio de lendas e mistérios, o absinto  até hoje gera uma certa apreensão, mesmo para consumidores alcoólicos mais tradicionais. Independente de interpretações, racionais ou não, o ser humano tenta se entorpecer quando pode. E não há um regra de conduta quando o argumento é a fuga da rotina e da pressão diária. Sejam no extinto século XIX ou no futuro século XXII, sejam no uso de rede sociais ou no uso produtos ilícitos, há sempre a necessidade patológica do ser humano desejar esquecer o que lhe traz dor. E não há maior dor para o ser humano do que a sua própria racionalidade. Visões (ou divagações) à parte, nota-se que a canção de hoje reflete o que boa parte da população economicamente ativa sente na pele: p...

Prezados ouvintes, Ouvir Faun é um retrocesso. É musicalmente voltar numa época onde os serem humanos cultuavam sois, luas e estrelas. Onde orações eram feitas para elementos da natureza e bruxas eram as pessoas que tinham acesso irrestrito ao mundo imaterial. É interessante observar o quanto cientificamente a espécie humana evoluiu desde então. Existe um certo misticismo na cultura pagã. Todos que admiram essa filosofia se revestem de uma aura particular, e assim, toda revestida de conceitos primitivos, desperta a curiosidade de quem está fora e o fascínio de quem está envolvido. Não é a toa que as igrejas abominavam os pagãos! Eles são apaixonados pela sua filosofia e tem uma interpretação mais livre do que é estar em paz com os seres espirituais. Há sim os rituais, mas não há o pânico de ser punido pelos seus deuses. Então, revistam-se com roupas pagãs, acendam fogueiras, dancem ao sabor do vento, flertem com os elementos da natureza, elevando o espírito ao deuses de sua...

Prezados ouvintes, Minha admiração pela banda The Cult já é bem antiga e não me canso de re-ouvir  as canções que marcaram boa parte da minha adolescência. Entre uma música e outra, as memórias estudantis sempre flertam com os refrões fáceis e os ritmos óbvios dos principais sucessos da banda. Evitando textos, 'She Sells Sanctuary' está intimamente associada palavras como: grandes (e poucos) amigos, maratonas de filmes, poncho no frio, época de escola secundária, amores platônicos, inconsequências juvenis, saraus poéticos, crises existências, pouco dinheiro, gana de mudar o mundo, vontade de ser diferentemente igual a todos, poucos planos futuros, muitos sonhos presentes... ... em resumo, foram dezenas (senão centenas) de histórias particulares... e que provavelmente qualquer adolescente teria para contar... mas como cada ser humano tem suas memórias... sempre que posso, abro a minha 'caixa de sapatos' revejo as lembranças com muita nostalgia... Até a próxim...

Prezados ouvintes, Em um cenário hipotético, apoteótico, caótico, esteriótipo, em um futuro incerto, seremos uma população calada, envolvida única e exclusivamente em servir de alimentar um personagem, provavelmente virtual, que nos consome as entranhas do ego, em troca de afagos (provavelmente virtuais). E este personagem nos proverá de endorfina suficiente para suportar uma realidade que não desejaremos ter. A memórias serão registradas em histórias curtas, conteúdos resumidos em parcas linhas. Ninguém precisará lembrar de nada. Estaremos ocupados lendo histórias alheias. As dores físicas serão curadas por medicamentos de alta tecnologia. A vida será estendida a um limite impensável. As dores da alma serão moda e os curativos (e drogas) para essas dores serão consumidos como refeições. Milhares serão juízes, jurados, carrascos e réus. Não haverá oportunidade de defesa. O nosso personagem será julgado sempre sem critérios. O perfil Torquemada  será aplicado implacavelmente...

Prezados ouvintes, Desçam as montanhas, seguindo ao caminho do mar! Nos primeiros raios de sol ergam suas pranchas! Sintam a brisa do vento sul! Namorem por alguns momentos as espumas que batem na praia! Remem em direção a onda perfeita! Dropem  aquele swell  tão almejado! Voltem para a terra firme com a sensação da melhor manobra! Degustem uma refeição digna! Provem as melhores especiarias regadas as melhores bebidas! Aproveitem o encontro com os amigos para boas risadas! Descansem! As próximas horas prometem! A noite promete ser proveitosa! Encontrem a companhia desejada! Troquem juras de amor nos momentos a sós! (mesmo sabendo que são amores efêmeros de verão!) Sentem-se na praia tranquila! Sintam o aquecer dos corpos em contraponto ao vento frio do mar! No dia seguinte, preparem-se para o retorno à vida real. ... e voltem para a suas escrivaninhas para mais uma semana cheia de emoções. Até a próxima!

Prezados ouvintes, Quando ouço esse blues, entro em sinergia com um local que nunca conheci. Uma localidade distante, salpicada de tons avermelhados do pôr do sol, que só é acessível depois de horas de caminhada. Não há nada lá, a não ser o que os clichés de filmes exibem. Mundo lento, tempo lento. Quando se chega, descobre-se que não valeu a pena a caminhada. Não há nada lá. Só silêncio e os parcos seres que habitam exigem distância de qualquer forasteiro. O sonho de conhecer um lugar isolado cai literalmente por terra. Não há o extremo do nervosismo urbano nem o mundo bucólico de um cenário gramado. Só o vermelhidão da terra castigando as almas que ali resolveram ficar. Ao olhar para a direita, uma pequena freguesia, ao olhar para a esquerda, a imensidão do horizonte linear. Para trás o caminho de volta e para frente uma paisagem surreal provoca a curiosidade de seguir em frente. No fundo, a vontade é de parar (junto com o tempo) e não pensar em mais nada. Esperar que o próx...

Prezados ouvintes, Ainda falando sobre trilhas sonoras, esta tem um lugar especial na prateleira deste locutor, por motivos bastante singulares! Entre eles, que esta trilha sonora foi um presente dado pelo irmão deste locutor por quem ele tem um carinho muito especial! Entre tantos comentários elogiosos o que mais impressiona é saborear a sutileza dos arranjos, as mudanças, ora progressivas, ora bruscas que a melodia proporciona. Não há como negar que a carga dramática do filme é muito bem representada nesta canção. Sem muitas palavras para descrever os sabores que essa música evoca, deixo aberto aos ouvintes descreverem com suas próprias palavras a impressão que essa melodia trás. Até a próxima!

Prezados ouvintes, Há um lado ingrato na produção de uma trilha sonora para filmes. É um trabalho imperceptível no conjunto de uma produção audio-visual. Quem já separou um pacote de pipoca e pensou: "Hoje irei sentar para assistir aquela trilha sonora que adoro tanto!" Apesar do anonimato, há trilhas que são memoráveis e tem um peso poderoso para a produção de um filme! O que seria de Alice nos País das Maravilhas  ou  Casablanca  sem suas memoráveis inserções musicais? Por este motivo apresento uma das pérolas da prateleira de trilhas inesquecíveis deste locutor. Akira, além de ser um obra visual admirável, tem também uma enebriante trilha sonora que casa muito bem com o conceito psico-futurista do anime . Elogios à parte, incentivo os ouvintes a tirarem as trilhas sonoras de seus filmes favoritos. Perceberão que além de dar o tom do enredo, muitas vezes ela dá a importância necessária a uma cena que poderia totalmente desapercebida aos olhos. Até a próxima!...

Prezados ouvintes, Apresento outra canção resgatada do passado. Pouco conhecida no circuito comercial, a banda ZERØ (com zero no final) se apresentou ao mercado com canções que refletiam os novos-românticos dos anos 80. Há sites que contam a história da banda, sua formação, 'desformação', continuação, entre outros. O que os sites  não contam são as muitas das histórias embaladas pelas músicas da banda. Uma pequena parcela dos ouvintes usará da sua memória auditiva para relembrar as alegrias, agruras e (in)definições amorosas daquele tempo. Este locutor poderia enumerar uma dezena de momentos pessoais e impessoais passados e embalados por esta canção, mas cada um tem a sua história particular para contar. E este blog teria o prazer de ouví-los! Conte a sua história aqui! Até a próxima.

Prezados ouvintes, Dando continuidade as postagens trio-nacional, recordo aos ouvintes o ano de 1985: o auge da rebeldia-sem-causa dos anos das calças verde limão. Diferente da década anterior onde a estética era bastante uniforme, os anos 80 foram os anos de guinada na moda e na música. É claro que não podemos esquecer que toda a revolução se iniciou nos anos 70 com a quebra dos paradigmas sócio-culturais. Mas diferente da década passada, amor livre deu lugar ao medo das doenças auto-imunes, os uso de substâncias alucinógenas foram massivamente punidas, o conceito zen de 'paz, amor' deu lugar aos gritos revoltosos da 'geração coca-cola '. É claro que com todas as novas regras impostas, era imperioso aos adolescentes criar outras armas para demonstrar sua rebeldia contra o sistema opressor. A banda Plebe Rude não ficou tão famosa quanto as suas co-irmãs mais populares, mas se fez ouvir no mercado usando letras com alto grau de rebeldia e uma forte batida punk.  ...

Prezados ouvintes, Acredito que o trilho que nos conduz para o futuro sejam nossas memórias onde cada lembrança é um dormente que suporta esses trilhos. Há alguns que guardamos por causa das dores, outros são inesquecíveis pela alegria e há os que são lembrados somente quando alguém nos ajuda a recordá-los. Um amigo* de longa data, ao ver as 'locuções' desta rádio, disse (não nessas palavras): "Quando for escrever para a Rádio-Joelson, escreva alguma coisa sobre a banda RPM. Lembra daquele tempo quando estudávamos, onde havia aquela rádio pirata que tinha somente uma fita K7 com auto-reverse? Quando acabava um dos lados da fita, ela automaticamente repetia as mesmas músicas novamente?". O detalhe relevante é que nesta única fita K7 havia só  o primeiro álbum da banda RPM. Imediatamente veio à memória os tempos de estudante de ensino superior, com todas as suas expectativas, decepções e as boas lembranças dos velhos amigos. Demos uma gostosa gargalhada e recordam...

Prezados ouvintes, Não é objetivo dessa "rádio" dissecar músicas com um forte apelo comercial, mas como toda regra tem exceção, apresentamos mais um meshup  para audição dos ouvintes. No conjunto da obra áudio visual, há uma mistura quase satírica de diversas antigas referências video-musicais e que misturadas dão uma sensação de atualidade. Comecemos com a parte auditiva que onde a banda adiciona frases das guitarras de Dick Dale e as palmas de B-52s . Com a base pronta, foi só colocar os arranjos e a melodia para a canção ficar pronta. Já no clipe, há referências de maior amplitude. Começando com as brigas de gangues de Michael Jackson , as corridas coreografadas de Velozes e Furiosos , e Fergie homenageando a saudosa Candy Jonhson em seu matador descolamento de quadris. Depois de dissecado esses detalhes, desafio os ouvintes a encontrarem mais referências nesta obra audio-visual. E quando encontrarem, favor enviar a este locutor para melhorarmos ainda mais e mi...

Prezados ouvintes, A primeira vez que ouvi o termo mashup  achei que fosse algum molho italiano para temperar saladas. A medida que o termo foi se popularizando este locutor compreendeu que a palavra significava a junção de elementos distintos resultando um novo produto meio diferente, meio igual aos outros ingredientes iniciais. Um mistura de sabores que poderia ser musical, tecnológica ou até mesmo culinária. A música de hoje apresenta o mashup  de duas músicas com um espaço temporal enorme. Enquanto uma foi uma febre nos anos (19)90, a outra representa bem os anos (20)10. O tempero dançante do passado foi harmonizado com as notas musicais dos dias atuais. O que pode ser degustado na audição é um tempero para saladas bem fácil de ser provado e aprovado para paladares sem pretensão. Alguns chefs  poderão reclamar da mistura de sabores, dizendo ser uma heresia misturar gostos musicais tão diferentes dentro de uma mesma vasilha. Por outro lado, aos que querem prova...

Prezados ouvintes, Dê um sorriso discreto se em algum momento da vida, onde aquela música dançante favorita tocou na cabeça, você não tenha pensado em parar tudo o que está fazendo, subir em algum lugar alto e começar a dançar sem se preocupar com absolutamente nada? Entre tantas músicas que fazem ter pensamentos dançantes, a melodia de hoje permanece no topo da lista desde quando foi apresentada pelo estimado irmão deste locutor. Essa é um conjunção muito bem feita entre a música e seu vídeo clipe, e conta a suposta história de um dançarino suburbano que conquista uma fama meteórica e no fim é coagido a entregar a sua criação para a indústria de massa. Conspirações à parte, o que agrada é uma coreografia muito bem elaborada e envolvida pela música hipnotizante. Este locutor já colocou como meta estudar esta coreografia e botá-la em prática em aniversário de 60 anos! (Se a artrite e o bico de papagaio deixarem, é claro!) Até a próxima! ----- [Chorus:] Ooh, oy I ...

Prezados ouvintes, Dando continuidade a nossa toada  Dark  (ops!  Gótico ) apresento a vocês uma banda que até pouco tempo também era desconhecida por este locutor. Miazma caiu nos meus ouvidos sem muito compromisso. Estava pesquisando canções pouco conhecidas da banda The Sisters of Mercy  quando, que por uma questão de afinidade musical, apareceu a sugestão para ouví-la. Logo na primeira degustação, a voz que entrou nos meus ouvidos foi a de Andrew Eldrich e não a de  Kristian Olofsson . Em minhas pesquisas, a banda nasceu há um bom tempo vindo dos nórdicos alpes suíços. Sua tocada é indicada para apreciadores do rock-gótico  e tem um tempero bem carregado da sua cultuada co-irmã The Sisters of Mercy. Para os mais observadores da canção de hoje, há certas frases da guitarra que fazem referência a nossa admirada Legião Urbana na música Ainda é Cedo . O que dá um certo crédito aos arranjos tupiniquins que criaram os trechos há anos atrás. Então...

Prezados ouvintes, Em tempos jurássicos existia um estilo de vida/musical cultuado por jovens que liam histórias de Edgar Allan Poe, saiam em bandos visitando cemitérios e usavam roupas e maquiagem unissex escura que valorizavam expressões abatidas. Entre alguns atributos, eles se auto-intitulavam de os  Darks.  Uma tribo urbana que tinha os valores da depressão como linha de inspiração. O anos passaram e entre tantas mudanças de estilo, o Dark  mudou de nome, sofreu mudanças e algumas vertentes apareceram. O rock-gótico  é uma dessas tribos desgarradas e atualmente seu reduto se concentra no leste europeu, mais especificamente na Alemanha. Entre tantas bandas o Blutengel  tem um certo destaque no mercado fonográfico atual. A junção do visual Dark (ops! Gótico ), letras depressivas e uma batida dançante demonstram que o estilo  Dark  (ops!  Gótico ) pode sim trazer lucro e fama para quem se prontifica a transformar uma linha de pensamento em...

Prezados ouvintes, Tenho uma certa resistência por versões covers  pois em grande parte das vezes o novo intérprete quer colocar sua assinatura para uma música já cimentada no mercado e, em muitas vezes, a vontade não é de melhorar! É só a ambição de pegar carona no sucesso alheio. São muitas vezes como parasitas que se aproveitam do esforço dos outros. Mas é claro que há (muitas) exceções! E nessa corrente nadam pessoas anônimas admiradoras de seus ídolos e que desejam homenageá-los da forma que conhecem. E lógico, há também os que, apesar do parasitismo, até trazem uma "juventude" a um antigo sucesso. Em meus garimpos musicais, me deparei com essa mocinha (Kitty) que na minha opinião tem a intenção de homenagear sua banda preferida: a banda Type O'Negativve . O que mais me agrada na audição de hoje é a roupagem extremamente juvenil que a cantora dá a melodia. Para quem conhece a canção original sabe que a voz de Peter Steele cabe perfeitamente com o peso da letr...

Prezados ouvintes, Uma das características curiosas da música é ela ser definida como uma linguagem universal. Porém, discordo em parte desse conceito. Por parecer  que o ritmo, harmonia e canção não tenham fronteiras, a música é mutável, dita (ou segue) momentos históricos e está atrelada a uma determinada cultura. Em uma comparação grosseira, a música é comparável a um pote de pipocas: podemos achar que todos gostem, mas isso não é uma verdade universal. Ouvir 'Mike & The Mechanics - Silent running' é um desses retrocessos, onde a canção não vai agradar a todos e provavelmente a juventude de hoje torça o nariz definindo ela como démodé. E não discordo dessa visão! Ela tem um tecladinho bem estilo anos 80, a guitarra tem a assinatura dos anos dos cabelos com mousse , o ritmo tem aquela característica de olhares entrecortados e finalmente os backing-vocals  arremetem as típicas atitudes dos adolescentes daquele tempo. Porém, essa descrição é igual ao citado pote d...

Prezados ouvintes, Toda vez que ouço essa canção me vem uma gostosa imagem dos amores adolescentes. E eu explico porquê. Em sua descoberta do mundo, os jovens normalmente se sentem donos da situação e no controle das suas ações. Isso também vale para seus sentimentos: no auge da explosão hormonal, eles estão prontos para o amor e as consequências que isso trás. Naturalmente, esses mesmos adolescentes leem só a primeira página da bula e a pressa da juventude cega a interpretação dos efeitos colaterais. É simples e louvável a autenticidade que esses mesmos jovens 'entram de cabeça' no cliché de amor eterno. Do alto da sua razão incontestável, trocam juras secretas, os olhos sempre buscam no outro o porto seguro, e a vontade declarada de largar tudo para abraçar e acolher o outro em seu amor incomensurável. Pela inocência dos sentimentos e por acreditar que isso sim resolverá os problemas do mundo, minha admiração e minha reverência verdadeira. ... e, com um sorriso no c...

Prezados ouvintes, Na onda entusiasta que ronda as noites, nada melhor que ouvir Concrete Blonde em seu clássico pouco conhecido: Heal It Up. A voz pungente da vocalista, entrecortada com os arranjos do contrabaixo e a batida ritmada da bateria destacam nessa melodia antológica. Aos ouvidos mais atentos, ignorando a letra, a música se poderia facilmente estar associada a um levante de revolta civil, daqueles que vemos em filmes! Na opinião deste locutor, o clipe, tirando alguns pequenos momentos, também se mostra atual e reflete igualmente o grito de liberdade que vejo na melodia. Para os fãs da banda, talvez este não seja o clássico da banda e nem é intenção deste blog questionar as preferências de cada um, mas na opinião deste locutor, essa é a canção mais pulsante da banda e não perdeu a sua potência melódica em todos esses anos. Então, revoltados, uní-vos! ... e até o próximo levante. ----- Feeling the fire under my feet I was a liar, you were a cheat Playing wi...

Prezados ouvintes, Para completar a Trilogia Indiana , apresento mais uma pérola musical, mas agora com uma toada mais lenta e igualmente curiosa. Não sei exatamente do que se trata a letra e admito que procurei sem sucesso o seu significado. Fiquei curioso por conta do roteiro do clipe que, independente das diferenças culturais, valoriza algo muito fora de moda ultimamente: a admiração dos filhos pelos pais. Fugindo de questões filosóficas e familiares, é fato que com a evolução das relações sociais, onde somos direcionados para perfis profissionais perfeitos, esquecemos um dos pilares da nossa existência: o respeito e admiração pelos nossos antepassados. É claro que cada indivíduo tem a sua história particular e o único objetivo deste blog é criar um cultura musical, ignorando temas polêmicos. Mas assistir a este clipe faz repensar pontos que, se deixarmos para trás, podem trazer dores psicológicas irreversíveis no futuro. Fica a critério de cada um repensar sobre seus valo...