Radio Joelson

Prezados ouvintes, Uma das características curiosas da música é ela ser definida como uma linguagem universal. Porém, discordo em parte desse conceito. Por parecer  que o ritmo, harmonia e canção não tenham fronteiras, a música é mutável, dita (ou segue) momentos históricos e está atrelada a uma determinada cultura. Em uma comparação grosseira, a música é comparável a um pote de pipocas: podemos achar que todos gostem, mas isso não é uma verdade universal. Ouvir 'Mike & The Mechanics - Silent running' é um desses retrocessos, onde a canção não vai agradar a todos e provavelmente a juventude de hoje torça o nariz definindo ela como démodé. E não discordo dessa visão! Ela tem um tecladinho bem estilo anos 80, a guitarra tem a assinatura dos anos dos cabelos com mousse , o ritmo tem aquela característica de olhares entrecortados e finalmente os backing-vocals  arremetem as típicas atitudes dos adolescentes daquele tempo. Porém, essa descrição é igual ao citado pote d...

Prezados ouvintes, Toda vez que ouço essa canção me vem uma gostosa imagem dos amores adolescentes. E eu explico porquê. Em sua descoberta do mundo, os jovens normalmente se sentem donos da situação e no controle das suas ações. Isso também vale para seus sentimentos: no auge da explosão hormonal, eles estão prontos para o amor e as consequências que isso trás. Naturalmente, esses mesmos adolescentes leem só a primeira página da bula e a pressa da juventude cega a interpretação dos efeitos colaterais. É simples e louvável a autenticidade que esses mesmos jovens 'entram de cabeça' no cliché de amor eterno. Do alto da sua razão incontestável, trocam juras secretas, os olhos sempre buscam no outro o porto seguro, e a vontade declarada de largar tudo para abraçar e acolher o outro em seu amor incomensurável. Pela inocência dos sentimentos e por acreditar que isso sim resolverá os problemas do mundo, minha admiração e minha reverência verdadeira. ... e, com um sorriso no c...

Prezados ouvintes, Na onda entusiasta que ronda as noites, nada melhor que ouvir Concrete Blonde em seu clássico pouco conhecido: Heal It Up. A voz pungente da vocalista, entrecortada com os arranjos do contrabaixo e a batida ritmada da bateria destacam nessa melodia antológica. Aos ouvidos mais atentos, ignorando a letra, a música se poderia facilmente estar associada a um levante de revolta civil, daqueles que vemos em filmes! Na opinião deste locutor, o clipe, tirando alguns pequenos momentos, também se mostra atual e reflete igualmente o grito de liberdade que vejo na melodia. Para os fãs da banda, talvez este não seja o clássico da banda e nem é intenção deste blog questionar as preferências de cada um, mas na opinião deste locutor, essa é a canção mais pulsante da banda e não perdeu a sua potência melódica em todos esses anos. Então, revoltados, uní-vos! ... e até o próximo levante. ----- Feeling the fire under my feet I was a liar, you were a cheat Playing wi...

Prezados ouvintes, Para completar a Trilogia Indiana , apresento mais uma pérola musical, mas agora com uma toada mais lenta e igualmente curiosa. Não sei exatamente do que se trata a letra e admito que procurei sem sucesso o seu significado. Fiquei curioso por conta do roteiro do clipe que, independente das diferenças culturais, valoriza algo muito fora de moda ultimamente: a admiração dos filhos pelos pais. Fugindo de questões filosóficas e familiares, é fato que com a evolução das relações sociais, onde somos direcionados para perfis profissionais perfeitos, esquecemos um dos pilares da nossa existência: o respeito e admiração pelos nossos antepassados. É claro que cada indivíduo tem a sua história particular e o único objetivo deste blog é criar um cultura musical, ignorando temas polêmicos. Mas assistir a este clipe faz repensar pontos que, se deixarmos para trás, podem trazer dores psicológicas irreversíveis no futuro. Fica a critério de cada um repensar sobre seus valo...